terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Calvin e Haroldo.

Desde que um amigo me emprestou um livro de tirinhas do Calvin e Haroldo, me apaixonei pelo personagem e suas aventuras.
Esse meu amigo é diagnosticado com TDAH e sempre disse que se identifica muito com Calvin. Foi aí que comecei a reparar nas características TDAH de Calvin,


Nessa tirinha, a SRA. Wormwood tenta chamar a atenção de Calvin, mas ele está envolvido nas aventuras do personagem através do qual ele sempre se perde na sala de aula: O Cosmonauta Spiff.


E Calvin não escuta a professora chamar, distraído nas aventuras de Spiff.


Nessa, já vê-se Calvin mais hiperativo, correndo pela casa e deixando seu pai sem entender nada.


Outro problema para Calvin é a hora de dormir. Os monstros sempre o atormentam e inventa um milhão de estratégias para se proteger deles, irritando seus pais. Dificuldade para dormir é um problema frequente para pessoas com TDAH.


Nessa tira, Calvin é pego pela professora em seus devaneios e sai correndo para fugir pela janela na hora de levar a bronca.


Calvin aparece com uma teoria muito criativa para o pai sobre o que aconteceria se você tampasse o nariz e a boca na hora de espirrar.


Para finalizar, Calvin passa tanto tempo entretido nas aventuras de Spiff que não percebe nem que o sinal para o recreio tocou.

Enfim, Calvin é um menino apaixonante, engraçado, esperto, criativo, animado, que muitas vezes sente remorso, medo e se considera pouco amado pelos pais, que não entendem o que se passa com esse garotinho que não pára nunca. Recomendo a leitura das tirinhas à todos, seja para fins acadêmicos ou simplesmente de entretenimento.

Para ver mais tiras visite: Depósito do Calvin

Alguns vídeos sobre TDAH.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Família e o TDAH:


A relação entre a família e escola deve ser de proximidade. Uma vez que ambas tem muito a contribuir com o tratamento da criança. Ambas precisam trabalhar juntas na questão dos incentivos, é preciso manter a atenção constante às tarefas que aquela criança está realizando, retornos imediatos devem prevalecer nos dois ambientes. Ambas precisam dar instruções sobre tarefas escolares e não escolares serem realizadas.
Além disso, é importante no tratamento que a escola saiba como essa criança está em casa e que a família saiba como essa criança está na escola, para que haja troca de informações, possibilitando maior eficácia em intervenções por parte do especialista. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Inclusão:


O aluno a ser incluído pode possuir problemas de auto-estima por crescer com rótulos que criticam um comportamento que ele não é capaz de controlar. A baixa auto-estima também atrapalha as interações sociais desse sujeito, somada às características principais do transtorno: desatenção, hiperatividade fisica e ou mental e impulsividade, Muitas vezes, pode ter problemas com os colegas por abandonar brincadeiras e conversas, por não parar quieto, por ter reações exageradas quando frustrado. Nesse sentido, o tratamento é extremamente importante, assim como a atenção do professor em relação a auto estima e as intereções desse aluno com seus colegas, visando tomar atitudes para promover melhorias nesses dois aspectos.
A inclusão depende muito do conhecimento do professor sobre o assunto e das suas atitudes em relação à esse aluno. Priorizar elogios auxilia em um aumento dessa auto estima. Para promover as interações sociais positivas dessa criança, o professor pode usar da criatividade dela na criação de jogos e brincadeiras a serem desenvolvidos pelos colegas, deve repreender comportamentos impulsivos que culminam em desentendimentos, incentivar o aluno a terminar brincadeiras e histórias que estava contando.
O mais importante para que ocorra a inclusão é conhecer o aluno. O TDAH tem seus sintomas gerais, mas os comportamentos que derivam desses sintomas são únicos. Para isso, escola e família devem trabalhar em conjunto na busca e no desenvolvimento do tratamento, pois esse transtorno não é algo que se restringe a terapias e medicações: vai ser parte constante do cotidiano desse sujeito. 

Recursos pedagógicos:


O professor pode fazer o uso de jogos, histórias, vídeos, brinquedos, filmes e reportagens durante a aula. Pude vivenciar uma atividade diferenciada na escola 304 norte, que achei um recurso interessante e atraiu a atenção dos alunos: jogar pega-varetas e depois fazer os cálculos dos pontos. Funcionou bem, pois, ao final do jogo, os alunos estavam muito interessados em saber quem ganhou, então, correram pra fazer as contas, pediram ajuda da professora. Em cada rodada dessa atividade, mudava-se o valor de cada cor de vareta para que fossem feitas novas contas.
Outra atividade interessante que observei foi a construção do aquário. A professora e os alunos leram um texto sobre peixes e depois foram fazer origamis de peixes e pintá-los de acordo com as características lidas no textos. Depois, era a hora de criar o habitat dos peixes, os alunos pintaram e cortaram algas e pedras e depois colaram tudo num aquário desenhado numa caixa de papel.
Outros recursos interessantes a serem usados são os chamados Objetos de aprendizagem que são “qualquer entidade, digital ou não, na
qual pode ser usada, reusada ou referenciada durante o ensino auxiliado por tecnologia, IEEE
P1484.12 (2000)”. Jogos em flash, animações e slides são exemplos desse recurso que tornam a aula mais interessante.
Para conhecer alguns Objetos de Aprendizagem, visite o site BancoInternacional de Objetos Educacionais.

Dificuldades e Potencialidades das mentes inquietas:


O sujeito com TDAH tem dificuldade em manter a atenção nas aulas e nas atividades, em ficar sentado e quieto por muito tempo, em organizar seu material e seus pensamento e em concluir tarefas.
Em contrapartida é criativo, é capaz de ver situações e criar soluções de formas inovadoras (hiperatividade mental). A impulsividade dá corpo à algumas das idéias inovadoras. É cheio de energia. Quando o assunto é de interesse desse sujeito, ele fica hiperconcetrado. São abertos a novidades e alguns tem grandes habilidades de liderança.

O papel do professor.


O papel do professor já começa no diagnóstico do aluno com TDAH pois os sintomas desse transtorno são mais visíveis na escola. Sendo assim, é importante que os profissionais da educação conheçam o assunto para que possam avaliar e encaminhar o aluno para testes com um especialista e descobrir se, de fato, o TDAH está presente. Caso o aluno seja diagnosticado, a observação desse aluno em sala de aula é importante para o processo de tratamento.
O professor deve conhecer o seu aluno com TDAH, desenvolver uma relação empática com ele e trabalhar no sentido de estabelecer uma relação de confiança com esse aluno, para que ele se sinta confortável no ambiente escolar. Conhecendo e estabelecendo uma boa relação com o seu aluno, professor poderá fazer uso de suas potencialidade e dificuldades no planejamento e execução de atividades em sala de aula que facilitem o aprendizado dos conteúdos escolares por parte desse aluno.
Como esse aluno tem dificuldades em se manter focado e quieto em sala de aula, o professor deve buscar trabalhar com vários recursos como computador, jogos, vídeos, filmes, músicas, o que torna a aula mais interessante para toda a turma.
A falta de atenção do aluno requer uma atenção especial do professor: é importante que ele se sente perto do professor de forma estratégica onde haja o minimo de objetos possíveis que possam distraí-lo.
O aluno TDAH também necessita de encorajamento para a realização das atividades e nesse aspecto a família também deve encorajar na realização das tarefas. Esse encorajamento deve ser o mais imediato possível e frequente.
É importante incentivar mais do que punir, mas ambos devem ocorrer imediatamente após o comportamento, tanto elogios quanto críticas.
Também é necessário dar lembretes amigáveis a criança sobre o desenvolvimento da tarefa, esse lembrete pode ser direto ou pode ser dito ao coleguinha sentado próximo à ela.
Instruções verbais de forma clara e simples antes da tarefa ajudam tantos os alunos com TDAH quanto os alunos sem TDAH.
Como a atenção do aluno se dispersa facilmente, sua mesa deve conter somente o material necessário para a realização de cada tarefa, o professor pode pedir às crianças para guardarem os outros objetos.
Chamar a criança com TDAH pelo nome, falar diretamente com ela também é importante para ajudá-la a manter o foco e checagens constantes da realização da tarefa também ajuda o aluno a manter o foco e concluir a atividade.