Conhecimento: Uma das
etapas importantes para o tratamento do TDAH é o conhecimento: por
parte do especialista, da família e do próprio sujeito com o
transtorno.
A informação sobre o
TDAH serve de auxílio ao sujeito e à sua família para compreender
as situações onde sua vida é afetada. O especialista no assunto
também pode ajudar ambos a entender esses efeitos e assim é
possível trabalhar os sintomas em direção à uma melhoria na
qualidade de vida da pessoa.
Apoio técnico:É um conjunto de de
pequenas medidas e atitudes que acabam por criar para o DDA uma
estrutura externa capaz de facilitar em muito o seu cotidiano. É a
criação de uma rotina pessoal que estabeleça horários,
compromissos e cronogramas. Um exemplo de apoio técnico é uma
agenda na qual a pessoa com o TDAH deverá anotar sua rotina e à
qual deve consultar com frequência.
Medicamentos:
O uso de medicamentos mostra resultados eficazes, mas para isso, o
paciente, a família e o especialista devem trabalhar em conjunto,
definindo o que se deseja melhorar no comportamento do TDAH.
São
usadas 3 categorias de medicamentos: os estimulantes, os
antidepressivos e os acessórios.
- Estimulantes:
o mais usado e disponível do mercado famacêutico no Brasil é a
Ritalina (metilfenidato). Os estimulantes são usados pois produzem
aumentos na concentração, diminuem a impulsividade e
hiperatividade, além de poder atuar na
redução
da ansiedade e na melhoria dos estados depressivos.
-Antidepressivos:
desipramina (Norpramin®), a imipramina (Tofranil®), a venlafaxina
(Efexor®), a bupropiona (Zyban®), a fluoxetina (Prozac®), a
sertralina (Zoloft®) e a paroxetina
(Aropax®).
O Norpramin é o mais usado pois tem efeitos parecidos com os dos
estimulantes, mostra-se eficaz com baixas dosagens e é tomado em uma
única dose diária.
A
combinação de baixas doses da desipramina e metilfenidato costuma
funcionar muito bem e tem a grande
vantagem
de evitar que se utilizem doses mais elevadas de uma ou de outra
medicação.
Os
outros antidepressivos tem efeitos menos específicos nos
sintomas-alvo das pessoas com TDAH, sendo mais usados na presença de
comorbidades.
- Medicações
acessórias: São remédios para amenizar efeitos colaterais da
medicação principal, como betabloqueadores (Propanolol); para
tratar detalhes que não foram tratados com a medicação principal,
como lítio, ácido valpróico, carbamazepina, nadolol, propanolol,
clonazepan e clonidina.
É importante lembrar que a medicação por si só não é o tratamento e que o consumo deve ser acompanhado por especialistas.
Psicoterapia: Deve
ser diretiva, objetiva, estruturada e orientada a metas.
É
a chamada Terapia cognitivo-comportamental e consiste na busca de
mudanças nos afetos e comportamentos por meio da restruturação
cognitiva, isto é, substituir crenças e formas de interpretar
situações que sejam negativistas e disfuncionais. O paciente também
é instruído a fazer tarefas de casa, planejadas com o terapeuta,
que servem para mudar rotinas e comportamentos no sentido de melhor a
qualidade de vida do paciente.
Os
focos dessa terapia podem ser previamente delineados, mas o ritmo e a
forma devem ser específicos à cada paciente.
É
importante trabalhar:
- Solução
de problemas e habilidades sociais: visa melhorar a impulsividade que
pode estar prejudicando relações e afazeres cotidianos. Para isso,
o terapeuta deve trabalhar com o sujeito formas de identificar seus
problemas, pensar as várias opções de solução e escolher a mais
adequada, habituando o paciente a ponderar as situações, aumentando
o nível de tolerâncias as frustrações, evitando as reações
exageradas onde as consequências são desconsideradas.
- Relaxamento:
é direcionado para minimizar o impacto da ansiedade e de
suas
manifestações
somáticas, como taquicardia, tensão muscular, tremores e outras
sensações desagradáveis.
Ele
inclui reeducação da respiração, da postura e o aprendizado de
alguma técnica de relaxamento a ser
empregada
com regularidade.
- Elaboração
de uma agenda: cumpre a função de estruturar as tarefas e
atividades
de um DDA, de modo a impedir que se enrede em sua própria
desorganização e fique pulando de
uma
atividade inacabada para outra. Os efeitos benéficos
mostram-se tanto em um aumento de
produtividade
como em um aumento no senso de autodomínio experimentado pelo
paciente DDA. Diminuem a sensação de caos interno e externo
experimentada pelo TDAH. O terapeuta deve sempre incentivar o
paciente a seguir essa agenda.
- Reestruturação
de formas de pensar que podem estar sendo prejudiciais: O terapeuta
investiga pensamentos e crenças do seu paciente para verificar sua
veracidade e funcionalidade com base em dados reais, pois, muitas
vezes, o paciente está com a auto estima tão baixa que tende a
focar sua visão de mundo somente aos aspectos negativos das
situações e problemas que vivencia. Sendo assim, é preciso
auxiliar o sujeito com TDAH através de questionamentos e descobertas
guiadas a tirar conclusões mais reais e menos carregadas de matizes
emocionais, baseando-se em evidencias concretas que acontecem na vida
deste.